17/07/2023

Mulheres Empreendedoras!

Carol Moreira se dedicava integralmente à maternidade e às tarefas domésticas quando fundou o Ateliê Materno

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A rotina da designer Carol Moreira, 35 anos, mudou com o nascimento da primeira filha, em 2012, quando passou a se dedicar à maternidade e às tarefas domésticas em tempo integral. Um dos momentos mais desafiadores era a hora de preparar o almoço, quando a pequena insistia em ajudá-la a cozinhar. Para que a menina pudesse brincar, Moreira criou uma minicozinha de madeira. Algum tempo depois, o produto se tornou negócio com o Ateliê Materno, e-commerce de brinquedos de madeira para crianças que faturou R$ 2,9 milhões no ano passado. 
A empreendedora passou um mês trabalhando no projeto, em 2015. "Contratei o serviço de um marceneiro para cortar as peças de madeira e montei a cozinha. O processo foi muito divertido e ela escolheu as cores para pintura", diz Moreira, que mora em Florianópolis, Santa Catarina. Satisfeita com o resultado, percebeu que os brinquedos poderiam ser uma fonte de renda.

Sem imaginar que teria muito sucesso, Moreira utilizou as redes sociais, especialmente grupos de Facebook, para divulgar as cozinhas de madeira. Vendeu 22 unidades. "Recebi muitas mensagens de pessoas querendo comprá-las. Tinha colocado até o número do meu celular pessoal porque não esperava tanto interesse", afirma.

A primeira dificuldade apareceu rápido: o marceneiro que havia cortado as peças para a primeira cozinha não estava disposto a produzir mais unidades. No anúncio, ela dizia que que os produtos seriam enviados em 45 dias, mas precisou de 60.

"Os clientes foram muito compreensivos. Eles entenderam que era uma mãe experimentando algo novo", afirma. A primeira leva foi enviada para cidades como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. Por dois anos, a empreendedora reinvestiu todo o lucro na empresa, mudando a produção para um espaço maior e lançando outros tipos de brinquedos, como berço e carrinho para bonecas.
 

Em 2017, Moreira notou que tinha alcançado o limite de sua capacidade produtiva: não era possível fabricar mais de 30 cozinhas por mês no modelo em que operava. Na época, os consumidores esperavam até 90 dias para receber os produtos. "Estava perdendo vendas. Os clientes preferiam comprar algo a pronta entrega", afirma a empreendedora, que continuava se dedicando à montagem e pintura das peças. Ela também era responsável pelo atendimento e, em alguns casos, só tinha tempo para responder os clientes fora do horário comercial.

Tomou a decisão de terceirizar a produção em uma fábrica em Rio Negrinho, também em Santa Catarina.

"Escolhi o local porque a fábrica era extremamente familiar. A avó cuidava das pinturas e o avô era CEO. Era o lugar que tinha que ser", diz a empreendedora — que utiliza os serviços da empresa até hoje.

Com a produção terceirizada, o Ateliê Materno fez uma primeira entrega de 70 brinquedos em 30 dias. Na mesma época, Moreira foi convidada para uma campanha da Westwing para vender os produtos em seu site. "Foi o momento que ficamos mais conhecidos nas redes sociais e muitas pessoas nos seguiram", diz a empreendedora. Em apenas quatro dias, 380 itens foram vendidos. Neste momento, Moreira percebeu que seria necessário automatizar alguns processos de gestão. Entre as soluções que passou a usar, ela cita a Tiny, ferramenta ERP do Olist. 


 

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